Há coisas na vida que me deixam intrigada, me levam a pensar que posso não ser normal, pelo fato de ser diferente de uma grande parcela da “população”, se bem que o conceito de normalidade não se aplica ao fato de que seja necessário ser igual, há quem seja normal, embora seja diferente.
Ouço
pessoas conversarem apaixonadamente sobre personagens de novelas, como se
falassem de seu amigo mais próximo ou de um familiar, acompanho o desenrolar do
diálogo, confesso que um pouco perplexa, com a conotação de realidade presente
na narração dos fatos, e nutro assim uma certa admiração por todas as pessoas
envolvidas na produção de uma novela, pela capacidade que têm de envolver, uma
grande massa da população em um enredo de forma tão empolgante, despertando
emoções de amor, raiva, alegria, tristeza, indignação etc
São
abordados temas da atualidade, com intuito certamente, de despertar uma
reflexão ou até mudanças de atitudes com relação a determinadas situações, isto
é positivo, só que ainda assim, não consigo me convencer de que, para estar por
dentro da realidade, preciso assistir novelas. Admiro a arte, mas não consigo
gastar meu precioso tempo em frente da telinha acompanhando diariamente o desenrolar
de uma história, aqui entra a questão do “gosto”, respeito quem gosta, se
diverte, chora, rir com as peripécias de um personagem, mas opto por boas
leituras, gosto de bons filmes até, mas acredito que nossa vida real, deve ser
alicerçada em bases mais sólidas, mais ricas de conteúdo.
Vejo
o espanto estampado no rosto de pessoas, quando me perguntam de qual das
novelas ou qual dos personagem eu gosto mais, ao ouvirem a resposta, tento não
ser indelicada, mas não tenho nenhuma preocupação de ser diferente, acredito
apenas que tudo é uma simples questão de gosto.
Ir.
Célia Luiza (MESC)
14/10/2012